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12 de set. de 2008

Arte Pública: Ações em Rede - Alexandre Vogler

Arte Pública: Ações em Rede

Oficina realizada no SESC Tijuca, dentro do Projeto Geringonça, durante o mês de Agosto de 2008. Nesse período foram agendados cinco encontros: três deles dedicados à apresentação teórica e documental do tema proposto, um dia dedicado à prática de confecção de estêncil (máscaras de grafite) e sua posterior aplicação em muros do Bairro da Tijuca e um dia destinado à fala do artista plástico e escritor Luis Andrade, onde fez consideração aos temas abordados na oficina e aos trabalhos realizados pelos inscritos.

O curso apontou para a prática de Arte Pública no mundo, realizada, mais especificamente, desde a virada do século XXI.
Para isso recorreu-se a trabalhos de arte que utilizam como suporte o conjunto dos meios de comunicação e informação – e que defino como “Ações (artísticas) em Rede”. Portanto foram apresentadas iniciativas artísticas que utilizam meios diversos e ainda pouco comuns ao universo da arte, tais como: Rádio, Correio, Telefone, TV, Imprensa, Ação Direta, Intervenção na Paisagem, Intervenção e Apropriação de Mobiliário Urbano, Satélite, Internet, Comunicação Institucional e Formas Populares de Inscrição na Paisagem.
Dessa forma procurou-se discernir as estratégias dessa arte (em Rede) da chamada Intervenção Urbana. Sobretudo por considerar que o contexto público dos dias de hoje é, na verdade, midiático; e que, portanto, se encontra virtualizado e não concreto, de fato (como em esculturas de praça pública ou mesmo em intervenções urbanas).

Foram estudados diversos segmentos artísticos da produção contemporânea e os meios correspondentes. Isso, longe de estabelecer critérios técnicos dessa produção, enfocou os termos de criação de uma linguagem artística desvinculada dos meios usuais (pintura, escultura, gravura) e derivada de processos onde questões como abrangência, estratégia, redundância, escala, disseminação e transmissão, afirma o que a Teoria da Informação propagou há décadas: “O meio é a mensagem”.

Durante a oficina foram introduzidos e debatidos conceitos pioneiros a esse tipo de arte, como o conceito de Mídia Tática, fruto de práticas ativistas de alcance e disseminação de informação não institucional; igualmente recorrente às estratégias de disseminação do capital, porém dedicada à livre expressão do pensamento e das idéias.

Foram também apresentados trabalhos de Coletivos de Arte, efetivo sintomático da produção artística desse século, conseqüência de outra noção de rede: A Rede Social. Trabalhos de autoria diluída, que tocam questões cotidianas e agem no coletivo. Outro fator relevante a essa noção de rede é a criação de espaços controlados por artistas e que possibilita a criação de Circuitos de Arte Auto-Geríveis.

Por último o espaço de aula foi adaptado como um atelier, onde os inscritos produziram -com o auxílio do projetor, lâminas de corte e cartão duplex - máscaras de estêncil reproduzindo imagens construídas pelos próprios e trazidas em arquivo digital. Após a confecção das máscaras foram para as ruas testar suas matrizes em muros da região, disseminando seus trabalhos na esfera pública da coletividade.

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