Durante todas as quintas-feiras de outubro, de 18 às 21 horas, o SESC Tijuca estará recebendo, Romano, mestre em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro que está realizando uma oficina gratuita de Rádio Lugar, que se propôe a criação coletiva de uma webrádio a partir da apresentação e discussão de trabalhos de arte sonora e interferências na cidade. A idéia do trabalho é de que o rádio e a webrádio sejam ocupações do espaco sonoro e que podem modificar o paradigma da produção e distribuição de conhecimento no sistema da arte.
A oficina faz parte do projeto Realejo ArtesAndAndo, que todo mês traz profissionais das áreas de Artes Plásticas, que realizam uma série de trabalhos onde são todos apresentados na última quinta-feira do mês, no Amostra Grátis, que o próximo será no dia 30 de outubro. No dia ainda terá a participação do doutor em Artes Visuais da Escola de Belas Artes/ UFRJ, Marcelo Campos, que realizará uma intevenção, chamada "Crítica ao Vivo", a partir das 19h, com entrada franca também.
Rádio para tudo quanto é lado
Quem ainda não conhece o trabalho do Romano, em 2008, ele ganhou o prêmio Projéteis de Arte Contemporânea da Funarte com a performance "S.W.O.L, Sample Way of Life", que é um esfile de moda com roupas fake compradas no camelódromo, realizado com uma apresentação ao vivo de rappers da periferia. Outro trabalho é a mochila sonora "Falante" premiada no Salão de Abril, Fortaleza, e que participou da mostra "Futuro do Presente" no Itaú Cultural, com a curadoria de Agnaldo Farias e Cristiana Tejo. Quem quiser assistir o video desse trabalho e conhecer mais sobre o trabalho do Romano, pode acessar o site: www.oinusitado.com
Realejo ArtesAndAndo: Oficina de Rádio Lugar com Romano Quando: 02, 09, 16 e 23/10 de 18h às 21h Onde: SESC Tijuca. R. Barão de Mesquita, 539. Inscrições: 3238-2168 / 3238-2076 tijuca.geringonca@sescrio.org.br / patriciaoliveira@sescrio.org.br Entrada Franca
O Projeto Geringonça, do SESC Tijuca realiza toda sexta-feira, de 17 as 20 horas, o encontro chmado Redeminho Artístico, com objetivo de receber trabalhos artísticos, em todas as área artísticas. O Redemoinho é um encontro livre de artes, onde artistas encontram seus pares, numa forma de mostrar e fazer o seu trabalho artístico próprio e autoral.
Os trabalhos artísticos são catalogados e mensalmente, na última quinta feira de cada mês, esses artistas são convidados para participar de um evento chamado Amostra Grátis, com divulgação, apoio e realização do SESC.
APAREÇAM, MOSTREM SEUS TRABALHOS!
GERINGONÇA - REDEMOINHO ARTÍSTICO Quando: Toda sexta-feira de 17 às 20 horas Onde: SESC Tijuca (Rua Barão de Mesquita, 539) ENTRADA FRANCA
"Oficina de Rádio Lugar" com Romano, Mestre em Linguagens Visuais/UFRJ e crítica "ao vivo" com Marcelo Campos, Professor Adjunto do Instituto de Artes da UERJ.
Criação coletiva de uma webradio a partir da apresentação e discussão de trabalhos de arte sonora e interferências na cidade, fixando a idéia de que o rádio e a webradio são ocupações do espaço sonoro e que podem modificar o paradigma da produção e distribuição de conhecimento no sistema da arte.
Dias: 02, 09,16, 23 e 30 de Outubro Horário: 18h às 21h
Galera, aí vão alguns vídeos da Orquestra Contemporânea de Olinda, pra vocês já irem sentindo o clima do workshow desse mês.....
Gostaram? Então venham ao Amostra Grátis: dia 25 de setembro, a partir das 17h, no SESC Tijuca: Rua Barão de Mesquita, 539. E, como o nome já diz: É GRÁTIS!!!
Diante do fato de nossa percepção, a partir de um certo momento, não mais distinguir as noções de tempo daquelas de espaço, a compreensão que temos dos processos e fenômenos criativos também passaram por uma sutil revisão. Essa revisão tem sido motivada cada vez mais pelos caminhos que a arte contemporânea assumiu para si, sobretudo quando o espaço – e o tempo – da cidade passou a ser um campo de investigação para artistas, analistas e pesquisadores em geral, historiadores e afins. Digo sobretudo porque, antes da cidade, já todo um inventário de objetos – esculturas, digamos – havia sido reformulado, em termos instrumentais, para a consecução de uma obra de arte. Restava seu campo mais ampliado: a paisagem, seja ela natural – o espaço da natureza que nos envolve – ou artificial – a própria cidade. As intervenções urbanas, além da difusão e uso das mais diferentes mídias, em uso tático, são uma decorrência dessas constatações e fundamentam grande parte daquilo que se observa no universo das criações contemporâneas. A oficina do SESC, sem dúvida, foi pautada pela investigação dessas possibilidades. Portanto, numa tentativa de abarcar essas diretrizes, foram comentados – e contrapostos, mas não por oposição – os trabalhos de alguns artistas significativos do modernismo e pós-modernismo para se rastrear os indícios desse campo de investigação atual. Balla e Dubuffet, por um lado, Basquiat e Banksy, por outro. Quanto aos trabalhos surgidos no contexto da oficina, é importante observar que, de uma forma ou de outra, muito do que se comentou encontra-se em germe nas realizações dos artistas inscritos. A crítica cultural, problemas universais de linguagem, além do humor, seriam características daquilo que foi finalizado enquanto obras, espalhadas pelas redondezas do local. Parece um bom resultado. Diria melhor: um bom indício, sobretudo para aqueles que foram buscar, na oficina, dados e convivência capazes de fundamentar melhor o próprio foco de interesses. O assunto é vasto. E suas possibilidades, inquantificáveis.
Oficina realizada no SESC Tijuca, dentro do Projeto Geringonça, durante o mês de Agosto de 2008. Nesse período foram agendados cinco encontros: três deles dedicados à apresentação teórica e documental do tema proposto, um dia dedicado à prática de confecção de estêncil (máscaras de grafite) e sua posterior aplicação em muros do Bairro da Tijuca e um dia destinado à fala do artista plástico e escritor Luis Andrade, onde fez consideração aos temas abordados na oficina e aos trabalhos realizados pelos inscritos.
O curso apontou para a prática de Arte Pública no mundo, realizada, mais especificamente, desde a virada do século XXI. Para isso recorreu-se a trabalhos de arte que utilizam como suporte o conjunto dos meios de comunicação e informação – e que defino como “Ações (artísticas) em Rede”. Portanto foram apresentadas iniciativas artísticas que utilizam meios diversos e ainda pouco comuns ao universo da arte, tais como: Rádio, Correio, Telefone, TV, Imprensa, Ação Direta, Intervenção na Paisagem, Intervenção e Apropriação de Mobiliário Urbano, Satélite, Internet, Comunicação Institucional e Formas Populares de Inscrição na Paisagem. Dessa forma procurou-se discernir as estratégias dessa arte (em Rede) da chamada Intervenção Urbana. Sobretudo por considerar que o contexto público dos dias de hoje é, na verdade, midiático; e que, portanto, se encontra virtualizado e não concreto, de fato (como em esculturas de praça pública ou mesmo em intervenções urbanas).
Foram estudados diversos segmentos artísticos da produção contemporânea e os meios correspondentes. Isso, longe de estabelecer critérios técnicos dessa produção, enfocou os termos de criação de uma linguagem artística desvinculada dos meios usuais (pintura, escultura, gravura) e derivada de processos onde questões como abrangência, estratégia, redundância, escala, disseminação e transmissão, afirma o que a Teoria da Informação propagou há décadas: “O meio é a mensagem”.
Durante a oficina foram introduzidos e debatidos conceitos pioneiros a esse tipo de arte, como o conceito de Mídia Tática, fruto de práticas ativistas de alcance e disseminação de informação não institucional; igualmente recorrente às estratégias de disseminação do capital, porém dedicada à livre expressão do pensamento e das idéias.
Foram também apresentados trabalhos de Coletivos de Arte, efetivo sintomático da produção artística desse século, conseqüência de outra noção de rede: A Rede Social. Trabalhos de autoria diluída, que tocam questões cotidianas e agem no coletivo. Outro fator relevante a essa noção de rede é a criação de espaços controlados por artistas e que possibilita a criação de Circuitos de Arte Auto-Geríveis.
Por último o espaço de aula foi adaptado como um atelier, onde os inscritos produziram -com o auxílio do projetor, lâminas de corte e cartão duplex - máscaras de estêncil reproduzindo imagens construídas pelos próprios e trazidas em arquivo digital. Após a confecção das máscaras foram para as ruas testar suas matrizes em muros da região, disseminando seus trabalhos na esfera pública da coletividade.
Cortes e costuras, humor, descobertas e acasos, cores, brilhos, imagens históricas num universo subjetivo. Estrutura e precisão. Difíceis facilidades, artezania da alma em construções matemáticas; enfim. A obra de Marcos Cardoso traz em si a constituição de um novo corpo temporal; máquinas e engrenagens que nos desvendam um outro olhar sobre nós mesmos. E a possibilidade do processo? O envolvimento através da experiência plástica; contaminar. Afeto, risos e desconfiança. Mãos que se movimentam tentando encostar-se no monumento da razão. A arte dissecada, aula de anatomia, indivíduo em processo como em processo está sempre a alma do artista. Exatamente aí reside a possibilidade da mesma ser vista por dentro, podendo ser esta experiência, que a principio é solitária, dividida e saboreada de uma forma divertida e alegre com o outro. O marketing e a publicidade estabelecem uma ponte fictícia e absolutamente eficaz entre vida e felicidade. Paraíso Dionisíaco pintado com cores fortes. Mentiras e verdades. E é neste território onde mentiras e verdades coexistem que reside o trabalho de Cardoso. Não há nele nenhum cunho moralista ou panfletário (tipo não gosto de televisão ou vamos reciclar para salvar a terra). Quadrados de plásticos transparente são recheados, costurados e adornados com imagens retiradas de embalagens multicoloridas. Mensagens que retiradas do seu contexto inicial, provocam espanto e sedução. Espanto e sedução que aqui se quer dividido em obra e processo.
Já conhecendo as oficinas de Cardoso, pude observar, no Sesc, dentro do Projeto Geringonça uma dinâmica diferente das outras; por sua estrutura física e humana, com conotação jovem, por isso atrai diversas idades. Ali desenvolveu-se idéias com afetividade, agulhas, tesouras, plásticos, rotúlos, costuras. Por fim, um objeto feito para seu uso próprio. Objeto este que já foi descartado.
Quando convidado para o projeto, logo percebi que o mesmo era voltado para a arte contemporânea com um olhar para o urbano, para o lado de fora.Abordar a relação entre o homem e o ambiente, assim como questionar como ele se insere no contexto sócio-cultural, e ainda por fim, alargar as fronteiras da experiência humana.Assim voltei meu trabalho para as mãos, trazendo o lado de fora para dentro, a embalagem plástica, a sobra do consumo.O SESC tem um público extremamente jovem, por isso permite o funcionamento desta oficina.Aqui vai a opinião de alguns destes freqüentadores:Além de conhecer de perto e estabelecer contato com um artista que move o cenário, foi bacana aprender um pouco da técnica. Expandiu as possibilidades de materiais e suportes; inclusive o plástico.
Joana Barros
Achei a proposta e as soluções super pertinentes. O astral da oficina também foi massa; continue nessa vibe!!!
Alë Souto
Uma oficina engrandecedora pela oportunidade de "pôr as mãos na massa", também pela liberdade de criação e o exercício da criação em si.O Marcos nos deixa à vontade para conhecer o material e criar intimidade com a técnica.
Roberta Valente
O material surpreende. É instigante e divertido. A oficina abre possibilidades criativas muito interessantes. Parabéns.
Katia Angelo
Opinião? O workshop foi muito curto, mas muito bom.Lim Lima
Na última aula, retomamos o exercício com o Twitter. Demos como exemplo o Twitter do sociólogo Sergio Amadeu e o uso que ele faz da ferramenta. Entre outras aplicações, o sociólogo responde a pergunta básica do site ("o que você está fazendo?"), faz cobertura online (como a do programa Roda Viva, que também tem um Twitter), usa tags (#palavra) e mecanismos de resposta (@nome).
Depois, partimos para avaliar o Twitter dos grupos da Oficina, o Overmundo1 e Overmundo2.
Também discutimos as questões de direito autoral na Web. Demos diversos exemplos de questões no meio e apresentamos a alternativa da licença Creative Commons. Falamos também de outras licenças.
No fim da última aula da Oficina, lemos um trecho de um texto do colaborador do Overmundo heraldo hb que condiz com o espírito desses quatro dias de aula:
CULTURA DIGITAL - Indo Além do Big Brother
Dia desses, a jovem cantora Pitty comentou numa entrevista que as pessoas quando pensam na Bahia, lembram logo de axé music e esquecem que há milhares de pessoas com outros gostos musicais morando por lá...
Agora ligue o canal da imaginação e tente pensar o que deve sentir um roqueiro baiano ou um vegetariano gaúcho; ou um piauiense que é tratado genericamente de “paraíba”.
E já reparou que até bem pouco tempo a televisão só tinha apresentadoras de programa infantil louras? Já reparou que todo oriental nas propagandas tem jeito de abobalhado? Todo motorista de carrão é branco? Todo nordestino é engraçado? Todo carioca mora em frente à praia... É isso mesmo?
Além disso, indo mais fundo: quando a mídia fala da sua cidade você já teve a sensação de que “não é bem assim”?
Todas essas perguntas e situações têm a ver com a forma com que a comunicação de massa funcionou durante a maior parte do século passado (principalmente a televisão). Além das notícias serem quase sempre das capitais (de algumas capitais), toda vez que se falava de alguma cidade, sempre soava estranho, com um olhar totalmente de fora. Quando se falava do interior, então, sempre se reforçava o lado pitoresco, folclórico, estereotipado...
E isso padronizava tudo: os pontos de vista, os pontos turísticos, os sotaques, os “tipos” de pessoas...
Mas a cultura digital aos pouquinhos tem conseguido sacudir esse modelo antigo e pesado. Principalmente com a popularização da Internet, cada vez mais nós conseguimos informações sobre os lugares vindo de pessoas DAQUELES LUGARES. Com os recursos ficando mais acessíveis, outras vozes estão conseguindo espaço para divulgar suas idéias, conceitos, produtos, pontos de vista.
E com o advento da web 2.0, as redes sociais e os sites colaborativos estão surgindo novos comunicadores, que vêm mostrando que a periferia e o centro estão cada vez mais embolados no meio campo.
Através de um blog, alguma merreca numa lan house e uma idéia na cabeça, uma pessoa pode hoje levar para o mundo a sua visão sobre sua cidade, seu gosto musical, sua tribo, suas propostas de crescimento. Um filme feito em casa pode virar uma sensação no Youtube e ampliar a rede de contatos de um morador de Barra do Itabapoana.
Se antes havia uma tentativa de entrar na mídia, hoje você pode SER A MÍDIA!
Tá bom, tá bom, as grandes TVs ainda são grandes e poderosas, mas acredite: as coisas estão mudando – e rápido! __
As apresentações que usamos nas três primeiras aulas estão disponíveis abaixo:
Foi um enorme prazer para a nós, da Equipe Editorial do Overmundo, dar essas aulas.
Um forte abraço a todos que participaram do projeto, Helena Aragão, Thiago Camelo, Viktor Chagas.
Partindo da noção de que a expressão artística é a ponte imediata do sujeito com o mundo ao seu redor, o Geringonça se apresenta como um abrigo para as mais diferentes linguagens e manifestações - poesia, música, teatro, cinema, artes plásticas, dança - onde, através do encontro criativo das obras, os jovens têm a oportunidade de se conhecerem e de se reinterpretarem. O Projeto desenvolve-se a partir das seguintes ações: Redemoinho Artístico, Redemoinho Especial, Amostra Grátis, Domadores de Hipopótamos e Plano Geral.
E você? Faz alguma arte? Quer espaço pra discutir e se apresentar? Apareça! O Geringonça quer você aqui!
Redemoinho Artístico: " Encontros semanais para a mostra de trabalhos e troca de experiências artísticas"
Domadores de Hipopótamo "Diversidade cultural em revista" Amostra Grátis: "Todas as formas de arte em um irreverente anti-espetáculo para quem faz ou consome arte"
Cineclube Plano Geral: "Uma idéia na mão e um vídeo na cabeça"
Um de cada banda: "Laboratório, experimento coletivo de jovens artistas e produtores"
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
Mais sobre o Projeto
O que já rodou por essas engrenagens....
Workshow De-compondo a composição Jam session, ensaio, coisa fresca. O clima do Workshow é esse. Um show ao avesso, resultado da equação artista renomado + banda nova + improviso.
Realejo ArtesAndAndo Oficinas de intervenção urbana, ambiental e sonora. O diálogo da artes no seu espaço e fora dele, investigando conceitos e criando o coletivo nos arredores. É meio muzzarela, meio obra de arte.
Eu na Web Oficina de Internet Colaborativa com a equipe editorial do Overmundo, site colaborativo de cultura brasileira que tem participantes em todos os estados do país, cujo objetivo é mostrar o potencial da comunicação online, com base no incentivo à produção escrita e às formas multimídia de produção de conteúdo.
Penélope na Vitrine despindo a moda - Criticar o universo da indústria fashion através de oficinas que entrelaçam diferentes formas de fazer roupa - essa vertente do Geringonça vai da carnavalização ao figurino cênico em um ponto de tricô.
Hoje tem Sim Senhor Oficina de mediação de palco.Videojockeys (vjs), apresentadores de programas de auditório, desejo maior de qualquer figura que almeje o sucesso. Como sabemos, o ícone do apresentador constitui uma figura ilusória, porém extremamente real no universo onírico e simbólico, principalmente na projeção das ambições.
Exprima-me Literatura (im)possível Relação, direta, sem intermediários, entre quem faz e quem se alimenta de poesia. Extrapolando o circuito fechado da poesia hermética, o Exprima-me detona limites, roça, liquefaz. Afinal, como os grandes poetas ensinam, poesia é risco.