Olá, sou poeta e cronista e gostaria de participar do evento de amanhã, dia 5/11, falando alguns poemas meus. Afinal é sempre importante divulgar a poesia. É possível? Tenho um blog onde divulgo meus trabalhos. Seguem aí três poemas e meus contatos. Abraços!
SUJEITO OCULTO (Victor Colonna)
O problema são as conjunções desconjuntadas As interjeições rejeitadas Os adjetivos desajeitados Os substantivos sem substância As relações de deselegância entre as palavras.
É preciso superar o superlativo: O absoluto sintético E o analítico. Achar o verso Entre o verbo epilético E o pronome sifilítico.
Falta definir o artigo inoxidável O numeral incontável, impagável.
Resta procurar o objeto direto Situar o particípio passado E o pretérito mais-que-perfeito
Desvendar a rima Desnudar a palavra Encontrar o predicado E revelar o sujeito.
CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)
De repente eu paro e olho: é ele! Desengato marcha-a-ré crescente Meu rosto fica roxo, vermelho Desamarra-se o elo da corrente.
Curto-circuito, incêndio, tragédia! Meu cabelo arrepiado espeta Meu pulso desencapado te choca Meu corpo endiabrado, capeta.
E meu peito pega fogo: é vida. Um calor que se desprende e solta Amor é caminho longo: é ida É só ida. Não tem volta.
ANTI-ÍCARO (Victor Colonna)
Não sei se foi vôo Ou queda.
O abismo me encontrou Quando pus os pés no chão.
Não desejei estrelas Nem derreti as asas Ao procurar o sol.
Caí sem ter subido aos céus.
SONETO DO NEURÒTICO(Victor Colonna)
Adoro essa vida odiável Emocionante e tediosa Tão gentil, tão intratratável Tão sinistra, tão saborosa.
Detesto essa vida adorável Acho a alegria pegajosa A esperança pra mim, deplorável E a angústia, deliciosa.
Tranqüilo no meio da tormenta A tranqüilidade só me descontenta Ao seguir minha reta sinuosa
Fujo da briga e vou à luta Amando essa vida filha da puta E odiando essa vida maravilhosa.
Partindo da noção de que a expressão artística é a ponte imediata do sujeito com o mundo ao seu redor, o Geringonça se apresenta como um abrigo para as mais diferentes linguagens e manifestações - poesia, música, teatro, cinema, artes plásticas, dança - onde, através do encontro criativo das obras, os jovens têm a oportunidade de se conhecerem e de se reinterpretarem. O Projeto desenvolve-se a partir das seguintes ações: Redemoinho Artístico, Redemoinho Especial, Amostra Grátis, Domadores de Hipopótamos e Plano Geral.
E você? Faz alguma arte? Quer espaço pra discutir e se apresentar? Apareça! O Geringonça quer você aqui!
Redemoinho Artístico: " Encontros semanais para a mostra de trabalhos e troca de experiências artísticas"
Domadores de Hipopótamo "Diversidade cultural em revista" Amostra Grátis: "Todas as formas de arte em um irreverente anti-espetáculo para quem faz ou consome arte"
Cineclube Plano Geral: "Uma idéia na mão e um vídeo na cabeça"
Um de cada banda: "Laboratório, experimento coletivo de jovens artistas e produtores"
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
Mais sobre o Projeto
O que já rodou por essas engrenagens....
Workshow De-compondo a composição Jam session, ensaio, coisa fresca. O clima do Workshow é esse. Um show ao avesso, resultado da equação artista renomado + banda nova + improviso.
Realejo ArtesAndAndo Oficinas de intervenção urbana, ambiental e sonora. O diálogo da artes no seu espaço e fora dele, investigando conceitos e criando o coletivo nos arredores. É meio muzzarela, meio obra de arte.
Eu na Web Oficina de Internet Colaborativa com a equipe editorial do Overmundo, site colaborativo de cultura brasileira que tem participantes em todos os estados do país, cujo objetivo é mostrar o potencial da comunicação online, com base no incentivo à produção escrita e às formas multimídia de produção de conteúdo.
Penélope na Vitrine despindo a moda - Criticar o universo da indústria fashion através de oficinas que entrelaçam diferentes formas de fazer roupa - essa vertente do Geringonça vai da carnavalização ao figurino cênico em um ponto de tricô.
Hoje tem Sim Senhor Oficina de mediação de palco.Videojockeys (vjs), apresentadores de programas de auditório, desejo maior de qualquer figura que almeje o sucesso. Como sabemos, o ícone do apresentador constitui uma figura ilusória, porém extremamente real no universo onírico e simbólico, principalmente na projeção das ambições.
Exprima-me Literatura (im)possível Relação, direta, sem intermediários, entre quem faz e quem se alimenta de poesia. Extrapolando o circuito fechado da poesia hermética, o Exprima-me detona limites, roça, liquefaz. Afinal, como os grandes poetas ensinam, poesia é risco.
Um comentário:
Olá, sou poeta e cronista e gostaria de participar do evento de amanhã, dia 5/11, falando alguns poemas meus. Afinal é sempre importante divulgar a poesia. É possível? Tenho um blog onde divulgo meus trabalhos. Seguem aí três poemas e meus contatos. Abraços!
SUJEITO OCULTO (Victor Colonna)
O problema são as conjunções desconjuntadas
As interjeições rejeitadas
Os adjetivos desajeitados
Os substantivos sem substância
As relações de deselegância entre as palavras.
É preciso superar o superlativo:
O absoluto sintético
E o analítico.
Achar o verso
Entre o verbo epilético
E o pronome sifilítico.
Falta definir o artigo inoxidável
O numeral incontável, impagável.
Resta procurar o objeto direto
Situar o particípio passado
E o pretérito mais-que-perfeito
Desvendar a rima
Desnudar a palavra
Encontrar o predicado
E revelar o sujeito.
CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)
De repente eu paro e olho: é ele!
Desengato marcha-a-ré crescente
Meu rosto fica roxo, vermelho
Desamarra-se o elo da corrente.
Curto-circuito, incêndio, tragédia!
Meu cabelo arrepiado espeta
Meu pulso desencapado te choca
Meu corpo endiabrado, capeta.
E meu peito pega fogo: é vida.
Um calor que se desprende e solta
Amor é caminho longo: é ida
É só ida. Não tem volta.
ANTI-ÍCARO (Victor Colonna)
Não sei se foi vôo
Ou queda.
O abismo me encontrou
Quando pus os pés no chão.
Não desejei estrelas
Nem derreti as asas
Ao procurar o sol.
Caí sem ter subido aos céus.
SONETO DO NEURÒTICO(Victor Colonna)
Adoro essa vida odiável
Emocionante e tediosa
Tão gentil, tão intratratável
Tão sinistra, tão saborosa.
Detesto essa vida adorável
Acho a alegria pegajosa
A esperança pra mim, deplorável
E a angústia, deliciosa.
Tranqüilo no meio da tormenta
A tranqüilidade só me descontenta
Ao seguir minha reta sinuosa
Fujo da briga e vou à luta
Amando essa vida filha da puta
E odiando essa vida maravilhosa.
E-mail: victorcolonna@gmail.com
Tel: 92617736
Postar um comentário