Atividades desenvolvidas pelo grupo Bombando no Sesc Tijuca
Durante os dois meses de oficina, nós do grupo bombando fizemos de tudo um pouco com os oficineiros que lá estiveram: música, teatro, humor, mímica, improviso... Tudo para, no fim, conseguir passar o espírito do grupo (alegre e bem-humorado apesar de trabalhoso e elaborado) para os participantes.
Na parte musical, tentamos organizar a formação de uma banda vocal, ou seja, fazer com que o som de uma banda fosse reproduzido apenas com as vozes. A fascinação pela reprodução da bateria e do baixo foi logo detectada por nós, domadores de hipopótamos. Nossa experiência com outras oficinas e workshops, aliás, tinha sido muito parecida nesse ponto. Assim, fizemos muitos trabalhos com os timbres e algumas levadas de bateria na voz com os alunos, usando microfones para amplificar o resultado.
Os microfones serviram também para os oficineiros experimentarem sons e ruídos diversos. Esses sons acabaram sendo usados com humor e inteligência tanto em cenas (mímicas) quanto na introdução de elementos nada convencionais nas músicas. O funcionamento do microfone, aliás, com todas as suas possibilidades (tanto no canto quanto na produção de outros sons) foi bem destacado.
O canto propriamente dito não foi esquecido. Vários exercícios de técnica vocal foram apresentados para que as pessoas tivessem contato com esse universo.
O universo de grupos vocais brasileiros e americanos foi parcialmente vivenciado a partir da escuta de arranjos de grupos variados: MPB-4, Take 6, Swingle Singers, Toxic Audio, The Coats, Trio Esperança, Boca Livre, Bobby MacFerrin, BR6, além do próprio Bombando, entre outros.
A parte cênica foi trabalhada de diversas formas. Primeiro, servindo de apoio para uma determinada música. Depois, ganhando mais importância, com mímicas pensadas pelos próprios participantes a partir de improvisos.
No fim do projeto, os alunos apresentaram duas cenas sonorizadas, uma cena envolvendo várias canções de repertório conhecido do grande público associadas a uma história, e uma apresentação cantando e fazendo percussão vocal num arranjo com todos os participantes na música “Jack Soul Brasileiro”, de Lenine.
Achamos que a apresentação final foi um sucesso. Claro que algumas dificuldades surgiram. Principalmente o medo da apresentação (seria, para mais da metade dos participantes, a primeira performance em um palco, com uma platéia) e a conseqüente debandada de boa parte dos oficineiros, que preferiram não se arriscar. Mas as performances funcionaram muito bem. Com coragem e talento, os meninos e meninas fizeram bonito.
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